AGRICULTURA MODERNA
É a agricultura típica dos países desenvolvidos.
Características:
● uso de sementes selecionadas
● pequena mão-de-obra;
● uso intenso de máquinas (mecanização);
● caráter empresarial.
A globalização é um desafio de sobrevivência para os países em desenvolvimento e um instrumento muito mais voraz do que o domínio pelas armas. A pouca relevância que tem sido dada aos programas de pesquisa, para produzir conhecimentos próprios para o aperfeiçoamento e a valorização das atividades agrícolas, nos torna cada vez mais presa de tecnologias alienígenas, na maioria dos casos não as mais adequadas para serem aplicadas em nossas condições de solo e clima, principalmente para os trópicos.
Além disso, nossa agricultura tem se baseado mais na expansão da fronteira agrícola, com destruição desordenada dos recursos naturais, com uso do fogo, o que contribui grandemente para a destruição irracional e a enorme poluição do meio ambiente.
Os países desenvolvidos, com agricultura mais tecnificada, que já esgotaram a exploração de grande parte de seus recursos naturais, as conquistas no campo têm se baseado na produção de novos conhecimentos para elevar a produtividade e a qualidade dos produtos, especialmente dos alimentos, usando eficientemente os recursos da biotecnologia.
A pesquisa agronômica é complexa, exige a concentração de esforços em diversas áreas do conhecimento, para produzir e transferir as tecnologias mais eficientes e necessárias para promover uma produção agrícola mais racional. É indispensável, portanto, que as instituições de pesquisas agronômicas sejam devidamente reconhecidas como órgãos imprescindíveis para conduzir a emancipação técnica e econômica do produtor rural.
Somente assim elas poderão atingir seus objetivos de solucionar os problemas cruciais que nos afligem e nos colocam em situação de inferioridade perante os países de agricultura mais avançada. Para serem bem-sucedidas na árdua missão, as instituições precisam contar com recursos humanos altamente qualificados, infra-estrutura adequada, bem como serem dotadas de um sistema operacional dinâmico, que permita agir com presteza, procurando encontrar soluções que promovam a modernização das práticas agrícolas, utilizando as novas armas que têm origem nas áreas da ciência e tecnologia, com ênfase no emprego das recentes técnicas desenvolvidas no campo da biotecnologia.
Tais soluções exigem bom conhecimento de nossas condições de solo e clima, tendo em vista a introdução de cultivares produtivos e adaptados às diversas regiões do País, bem como a adoção de sistemas eficientes de controle de pragas e moléstias por meio do manejo integrado, de modo a mais bem preservar nossos solos e o ambiente.
Também é importante que os novos conhecimentos possam ser transferidos, principalmente para os pequenos e médios produtores, que não têm acesso a eles. Cerca de 14 milhões de brasileiros são responsáveis por 30% da nossa produção agrícola, detentores de propriedades com área inferior a 100 hectares, ocupando área de 58 milhões de hectares. São os responsáveis por grande parte da produção de nossos alimentos básicos, lutando para se libertar do atraso tecnológico.
Temos, cada vez mais, de procurar fortalecer as instituições responsáveis pelo desenvolvimento de novos conhecimentos, produzindo tecnologias autóctones, que nos libertem do domínio de tecnologias transferidas dos países mais avançados, onde os investimentos nas áreas de ciência e tecnologia são prioritários, reconhecidos como instrumentos indispensáveis para a promoção do desenvolvimento socioeconômico.
A globalização vem conferindo aos países detentores de tecnologias de ponta armas poderosas para subjugar os menos desenvolvidos, que não vêm dando o devido estímulo para a promoção de uma revolução tecnológica, estimulada pelas mais modernas conquistas nos campos da ciência e da tecnologia.